Versão adaptada de uma fábula de Esopo
Essa é uma versão menos conhecida, mas traz um tom diferente à fábula clássica!
Essa versão dá um tom mais reflexivo à história, enfatizando tanto a importância do planejamento quanto a necessidade de empatia.
Aqui está minha adaptação:
Durante o verão, a cigarra passava seus dias cantando e aproveitando o calor, enquanto as formigas trabalhavam incansavelmente, armazenando comida para o inverno.
A cigarra ria das formigas, dizendo que elas deveriam aproveitar a vida em vez de se preocuparem tanto.
Porém, quando o inverno chegou, o frio e a escassez tornaram-se implacáveis.
A cigarra, sem abrigo e sem alimento, foi pedir ajuda
às formigas, mas elas, julgando que seu esforço não deveria sustentar a
despreocupação de outros, recusaram-se a ajudá-la.
Os dias passaram, e a cigarra, enfraquecida e solitária, acabou sucumbindo ao rigor do inverno.
Quando as formigas encontraram seu corpo congelado, sentiram um profundo pesar.
Elas perceberam que, apesar de todo o trabalho árduo, haviam ignorado um valor igualmente importante: a compaixão.
O arrependimento tomou conta do formigueiro.
O que antes parecia uma decisão justa agora pesava sobre seus corações.
Elas compreenderam que, mesmo sendo prudente se preparar para o futuro, a solidariedade nunca deveria ser esquecida.
Desde então, as formigas passaram a dividir parte de seus mantimentos com os mais necessitados, garantindo que nenhuma outra criatura perecesse ao frio da indiferença.
Depois do rigoroso inverno, as formigas organizaram um grande banquete para celebrar sua sobrevivência e o sucesso de seu trabalho árduo.
A mesa estava farta, cheia de grãos, frutas e mel.
O formigueiro inteiro
se reuniu para comemorar.
Porém, ao olharem ao redor, as formigas perceberam que faltava alguém:
a cigarra, cuja música havia animado os dias de verão.
Mas agora, seu canto estava em silêncio, pois ela não resistira ao frio e à fome.
O peso do arrependimento caiu sobre as formigas.
Elas perceberam que, enquanto festejavam sua abundância, haviam deixado para trás uma criatura que também fazia parte do equilíbrio da natureza.
O banquete perdeu o brilho, e uma tristeza tomou conta do formigueiro.
Desde aquele dia, as formigas decidiram que, no futuro, parte de suas colheitas seria reservada para quem precisasse, garantindo que nunca mais o formigueiro fosse marcado pela indiferença.
E assim, o espírito de compaixão passou a fazer parte da sua sociedade.
Essa versão transforma a fábula em uma reflexão ainda mais profunda sobre empatia e responsabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário