Era uma tarde ensolarada na roça, e tudo estava pronto para o grande casamento de Zé e Maria. O sítio estava decorado com bandeirinhas coloridas, as mesas cheias de bolos de fubá e quentão, e a quadrilha já ensaiava os últimos passos para a festa. Só tinha um problema: o noivo… sumiu!
Dona Firmina, a parteira e curiosa oficial da vila, foi a primeira a perceber a ausência do Zé. "Cadê o cabra?" gritou ela, já ajustando os óculos para investigar. O compadre Tonho, que estava cochilando sob um pé de jabuticaba, deu um salto e começou a procurar.
Depois de muito rebuliço, encontraram o Zé preso dentro do celeiro! O pobre coitado, na pressa de se arrumar, tinha entrado para pegar sua bota de festa e, sem querer, derrubou um saco de milho que trancou a porta. Ficou lá gritando, mas ninguém ouviu por causa do sanfoneiro que já estava ensaiando os forrós.
Quando finalmente o libertaram, ele saiu correndo, com milho grudado na roupa e cabelo bagunçado. Maria, que já estava meio desconfiada com a demora, olhou para ele de cima a baixo e disse: "Se tu não quer casar, é só falar, Zé! Não precisa se esconder no celeiro!"
No final, tudo deu certo. Casaram-se em meio a risadas, dançaram uma quadrilha bem animada, e até Dona Firmina soltou foguete para comemorar. Mas, até hoje, a história do “Noivo do Celeiro” é contada em toda a região, e ninguém deixa Zé esquecer desse dia!
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