A ARANHA, A MOSCA E A FORMIGA
daisy aguinaga d’eibar
ilustrações IA
Uma historinha infantil envolvendo uma
aranha, uma mosca e uma formiga em uma discussão!
Num jardim cheio de plantas coloridas e cheirinhos doces, moravam três pequenas criaturas com personalidades bem diferentes: a esperta Dona Aranha, a curiosa Dona Mosca e a trabalhadora Dona Formiga.
Um dia, elas se reuniram debaixo de uma
grande folha durante uma forte chuva.
Conversa vai, conversa vem, e começaram
a discutir sobre quem tinha a vida mais difícil.
Dona Mosca disse:
— Vocês nem
imaginam como é ter que fugir o tempo todo dos humanos e de suas terríveis
armadilhas! Eu mereço o prêmio de mais corajosa!
Ela deu uma pausa dramática, olhando
para suas companheiras, que escutavam com atenção.
— E sabe o
que é pior? — continuou ela. — Ninguém me agradece por manter o ambiente limpo,
comendo restos e ajudando na decomposição! Só me enxergam como um incômodo.
Pois eu digo: sou uma heroína incompreendida, e mereço o prêmio de mais
corajosa!
Dona Formiga, segurando seu graveto como
se fosse um troféu, retrucou:
— Fugir é
fácil! Quero ver carregar folhas pesadas todos os dias, construir o formigueiro
e ainda cuidar do meu exército. É por isso que sou a mais trabalhadora!
Dona Formiga, que estava empilhando um
pedacinho de folha para se sentar, respondeu com um sorriso maroto:
— Ah, coragem é importante, mas o que dizer de dedicação?
Eu trabalho
do nascer ao pôr do sol para garantir comida e manter o formigueiro organizado.
Quem mais
aqui carrega peso que é mais do que mil vezes o seu próprio corpo? Sou a mais
trabalhadora, com certeza!
Dona Aranha deu uma risada e respondeu:
— Ah,
queridas! Enquanto vocês estão preocupadas em correr e carregar, eu sou uma
tecelã! Tenho que fazer a teia perfeita para garantir meu alimento. E, ainda
por cima, as pessoas têm medo de mim. Sou a mais incompreendida!
Dona Aranha, que pacientemente tecia uma pequena teia entre as hastes da folha, suspirou e interveio com a serenidade de quem já enfrentou muitos desafios:
— Meninas,
meninas… Suas histórias são impressionantes, mas não se comparam à minha
jornada.
Eu não só
faço a minha própria casa, mas também dependo dela para me alimentar. Cada fio
de teia que eu crio é feito com precisão, e ainda assim, sou a mais
incompreendida de todas.
Quando os
humanos me veem, gritam ou tentam me expulsar, sem sequer me conhecer.
Dona Formiga levantou uma sobrancelha
curiosa enquanto Dona Aranha entrelaçava um fio de sua teia, parecendo
intrigada.
Estava claro que ambas tinham argumentos
fortes para compartilhar também.
As três riram juntas, percebendo que, no fundo, cada uma enfrentava seus próprios desafios e que, Dona Mosca ajeitou suas asas, claramente convencida de sua bravura:
— Vocês nem imaginam como é viver em constante perigo! A cada dia, eu
preciso escapar das armadilhas grudentas, das mosqueteiras barulhentas e
daqueles humanos que acham que um tapinha resolve tudo. Por isso, sem dúvida,
sou a mais corajosa!
A conversa continuou, com cada uma
trazendo seus argumentos e defendendo seu ponto de vista com entusiasmo. Apesar
da disputa, aos poucos perceberam que todas enfrentavam desafios únicos, mas
igualmente importantes.
No final, riram juntas, gratas por terem
a companhia umas das outras durante a tempestade.
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