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março 24, 2025

A HISTÓRIA DA PROFESSORA TRISTE

 Lucinda, a professora triste 

Lucinda era uma professora dedicada, que tinha um sorriso doce e uma paixão imensa por ensinar. 

Seus alunos adoravam suas aulas criativas, repletas de histórias e brincadeiras que tornavam o aprendizado divertido. Mas, por trás do sorriso, Lucinda carregava uma tristeza que poucos notavam.

Recentemente, ela havia perdido uma pessoa querida, e essa dor a acompanhava diariamente. 

Apesar disso, Lucinda continuava indo à escola, porque acreditava que seus alunos precisavam dela — mesmo quando o peso em seu coração parecia insuportável.

Um dia, enquanto explicava uma lição, uma de suas alunas, chamada Maria, notou algo diferente. Maria era uma menina muito observadora e, ao final da aula, perguntou: 

        - "Professora, você está bem? Você sempre nos ajuda quando estamos tristes, mas quem ajuda você?"

 

Essas palavras tocaram profundamente Lucinda. 

Ela percebeu que não precisava esconder sua dor e que poderia encontrar força não só dentro de si, mas também nas conexões com as pessoas ao seu redor. 

Aos poucos, ela começou a compartilhar suas emoções com colegas, amigos e até com seus alunos, de forma leve e apropriada.

Com o tempo, Lucinda reencontrou sua alegria, mostrando que mesmo aqueles que ensinam podem aprender muito com os corações atentos ao seu redor.

Lucinda havia perdido sua avó, Dona Ester, uma mulher que era seu maior exemplo de força e bondade. 

Dona Ester era quem a inspirou a se tornar professora. Ela sempre dizia:

"Ensinar é plantar sementes nos corações das pessoas e acreditar que um dia elas florescerão." 

Essas palavras ficaram gravadas na memória de Lucinda e a motivaram a seguir a profissão com tanto amor e dedicação.

A avó de Lucinda também era sua grande confidente. 

Sempre que Lucinda precisava de conselhos ou apoio, ela sabia que podia contar com Dona Ester, que, com sua voz doce e olhar sábio, trazia conforto e clareza em qualquer situação. 

Elas passavam horas conversando sobre a vida, os desafios do dia a dia e as alegrias simples, como o cheiro de pão saindo do forno ou o som da chuva batendo na janela.

Quando Dona Ester adoeceu, Lucinda passou a cuidar dela, dividindo seu tempo entre a escola e o hospital. Mesmo no momento mais difícil, sua avó ainda lhe oferecia palavras de incentivo. 

"Minha querida, leve adiante a alegria de ensinar. É isso que faz o mundo ser melhor," disse Ester em sua última conversa com Lucinda.

Após o falecimento de Dona Ester, Lucinda sentiu-se perdida e desconectada. 

O peso da ausência de sua avó era imenso, e, embora ela tentasse seguir sua rotina, seu coração parecia carregado de tristeza. 

No entanto, foi por meio dos gestos de carinho dos seus alunos e colegas que Lucinda começou a resgatar a memória viva de Dona Ester: o amor pelo ensino, a alegria de compartilhar conhecimento e a força de transformar vidas.

Com o tempo, Lucinda percebeu que sua avó continuava viva em cada aula que ela ministrava, em cada sorriso que conseguia despertar nos alunos. 

A tristeza deu lugar a uma saudade cheia de significado, e ela decidiu honrar o legado de Ester sendo a melhor professora que podia ser.

Essa história mostra como a perda pode transformar-se em inspiração.

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