quem sou eu?
Antes de me aposentar da Universidade, pensei em fazer algo prazeroso.
Estudei jardinagem e paisagismo. Migrei para Juiz de Fora,
aposentada, executei alguns projetos de jardinagem, porém me deparei com mão de
obra desqualificada e não existia a cultura do Paisagismo. Interrompi e me
associei à Associação de Belas Artes Antonio Parreiras, em funcionamento
(precário) na Praça da Estação. Apresentei um trabalho em ‘bico de pena’ (nanquim)
e fui agraciada com Menção Honrosa. Procurei o IAD/UFJF para cursar disciplinas
e adquirir a técnica da pintura e, paralelamente prossegui como sócia da
Parreiras e fiz aulas de escultura.
Participei de algumas de suas exposições coletivas (os salões) e
fiz exposição individual em alguns espaços da cidade. Observei que o público
daqui não prestigia muito os eventos, tampouco adquirem obras de arte (preferem
os ‘pastiches’ comerciais, creio, decorativos).
Eu já desenhava e pintava para presentear amigos aniversariantes,
resolvi tornar público o meu atelier particular e batizei de “Le Clochard”,
talvez por influência de uma canção francesa: “Os pobres e Paris”.
Recebi muitos alunos, realizei duas exposições coletivas, a
primeira com artistas de rua – grafiteiros e a segunda com outro grupo de
artistas.
Com a pandemia o atelier foi fechado por tempo indeterminado.
Com o atelier Le Clochard fechado ao público, passei uma temporada
dedicada a Jardinagem e fiz uma viagem aos EUA – Chicago, onde minha filha
residia à época. Aproveitei a oportunidade para um Upgrade e fiz o curso ‘multimídia’
no The Art Institute of Chicago, onde aprimorei a técnica de Colagem.
Voltando ao Brasil, passei a oferecer no atelier um Café e receber
alguns alunos.
Eu também gostava de escrever, publicava os escritos num site
dedicado a escritores, poetas etc.
Gosto de escrever sobre pessoas, bichos (contos do cotidiano),
crônicas, cordel, poesias infantis, roteiros de curta metragem, peças teatrais,
trovas, haicais, e o que der na ‘telha’.
Levei a sério a atividade de escritora, publicando meu primeiro livro de verdade (os anteriores foram Antologias, compartilhadas com outros autores) e, com os recursos obtidos através da Lei Murilo Mendes, publiquei pela Funalfa a coleção infantil “Bichinhos do Jardim” – poesia para crianças. Outros livros publicados foram trabalhos acadêmicos.
Percebi ter muitos leitores no site em que eu postava os escritos, também no blog que eu mantenha. Resolvi me dedicar a publicar pelas redes sociais. Por ocasião do Edital da Lei Murilo Mendes, conheci uma pessoa talentosa que tem me ajudado bastante na publicação e divulgação dos trabalhos. Aprendi a usar alguns recursos disponíveis na Internet, o que tem permitido dedicar-me a produzir os textos e aperfeiçoá-los. Os dois livros mais recentes, registrados (Biblioteca Nacional) estão à venda no site Clube de Leitores.
Qual livro mudou sua vida e por
quê?
Seria injusto indicar apenas
um livro ou autor, porque vários contribuíram para minha vida pessoal e para
escolher e seguir o caminho da literatura. Na infância, descobri a Enciclopédia,
que me abriu portas e janelas. Monteiro Lobato, os contos de Andersen e dos
Irmãos Grimm, mitologias, inúmeros clássicos, Livros de História Geral e
Biografias. Enfim, inumeráveis livros e também os músicos eruditos configuraram
meu cérebro e deram asas à imaginação.
Se pudesse viver dentro de um
quadro ou ilustração famosa, qual seria e por quê?
Outra dificuldade em responder, pois admiro os vários estilos e
técnicas, porém, penso que ficaria confortável nos quadros de Jean Miró,
Salvador Dali e Wassily Kandinsky
Se pudesse tomar um café com
qualquer autor ou artista da história, quem seria e sobre o que conversariam?
Gostaria de conhecer Caravaggio. Conversaria sobre os modelos
humanos usados em seus quadros, na sua pintura. Já imagino que dariam belas histórias.
Sobre um autor, conversaria com José Saramago ou Euclydes da Cunha.
Diga algo curioso sobre você que
poucos sabem.
Coleciono pedras dos lugares em que vou pela primeira vez. Em uma
viagem, precisei decidir se despachava no avião as pedras juntadas ou a minha
bagagem. Trouxe as pedras.
Um recado
para as pessoas desmotivadas, entediadas ou
desanimadas: leiam, porque os livros serão sempre companhia divertida ou
instrutiva. Evitem ser pessoas queixosas ou lacrimosas, não se levem muito a
sério e ‘rir é o melhor remédio’, para qualquer situação.
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